ATA DA QUINQUAGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
15-6-2011.
Aos quinze dias do mês de
junho do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze
minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli
Sell, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr.
Thiago Duarte, Elias Vidal, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Mario
Fraga, Mauro Pinheiro, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a
senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch,
Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro,
Nilo Santos, Pedro Ruas, Sebastião Melo e Waldir Canal. Do EXPEDIENTE, constaram os
Ofícios nos 0007, 1216, 1269, 1284, 1542, 1603, 1890, 3300, 3523,
3951, 4906, 5212, 6402, 8352, 13085 e 14123/11, do Fundo Nacional de Saúde do
Ministério da Saúde. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Mauro Pinheiro, Líder
da Bancada do PT, solicitando, nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento,
Licença para Tratamento de Saúde para a vereadora Maria Celeste, no dia de
hoje. Após, em face de Questão de Ordem e manifestações formuladas pelos
vereadores Mario Fraga e Mauro Pinheiro, a senhora Presidenta prestou esclarecimentos
acerca da tramitação, neste Legislativo, do Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 005/11 (Processo nº 4180/11). Em TEMPO DE PRESIDENTE,
pronunciou-se a vereadora Sofia Cavedon. Em prosseguimento, nos termos do artigo
94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL
ao vereador Mauro Pinheiro, que relatou sua participação, em Representação
Externa deste Legislativo, nos dias oito e nove de junho do corrente, na 10ª Reunião
Ordinária dos Comitês Temáticos do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas
de Pequeno Porte, em Brasília – DF. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciou-se o vereador Carlos Todeschini. Às quatorze horas e quarenta e seis
minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Às quatorze horas e cinquenta
e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para a realização
de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às dezesseis
horas e oito minutos, constatada a existência de quórum. Após, foi apregoado
Requerimento de autoria do vereador Reginaldo Pujol, solicitando Licença para
Tratamento de Saúde, do dia de hoje ao dia vinte e dois de junho do corrente,
tendo a senhora Presidenta declarado empossado na vereança o suplente Ismael
Heinen, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e
Justiça. A
seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Ismael Heinen,
solicitando a retirada do Projeto de Lei do Legislativo nº 168/10 (Processo nº
3477/10) da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Votação, foi
aprovado o Requerimento nº 037/11 (Processo nº 2171/11), por vinte e quatro
votos SIM, em votação nominal solicitada pelo vereador Engenheiro Comassetto,
tendo votado os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago
Duarte, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Ismael Heinen,
João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro
Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia,
Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Em continuidade, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pelo vereador Ismael Heinen, solicitando a reinclusão do
Projeto de Lei do Legislativo nº 168/10 na priorização para a Ordem do Dia da
presente Sessão. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 168/10 (Processo nº 3477/10), por vinte e seis votos
SIM, tendo votado os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir José
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul
Torelly, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir
Cecchim, Ismael Heinen, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo
Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha
Negra e Toni Proença. Às dezesseis horas e dezessete minutos, a senhora
Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Aldacir José Oliboni, pela oposição, Alceu Brasinha
e Waldir Canal. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, estiveram os
Projetos de Lei do Legislativo nos 079, 080 e 069/11, este discutido
pelos vereadores Adeli Sell e Ismael Heinen, e o Projeto de Lei do Executivo nº
021/11, discutido pelos vereadores Adeli Sell, Mario Manfro e Toni Proença.
Durante a Sessão, os vereadores Sebastião Melo, João Carlos Nedel, Mauro
Pinheiro, Pedro Ruas, Mauro Zacher, Luiz Braz e Alceu Brasinha manifestaram-se
acerca de assuntos diversos. Às dezesseis horas e cinquenta e três minutos,
nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e
pelo vereador DJ Cassiá e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi
lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo
senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo o Memorando nº 38, que solicita Licença
para Tratamento de Saúde da Verª Maria Celeste, no dia 15 de junho de
2011.
O SR. MARIO
FRAGA (Questão de Ordem): Eu gostaria que o Diretor Legislativo escutasse
a minha Questão de Ordem: há duas prioridades colocadas no nosso sistema, e eu
havia solicitado ao Diretor Legislativo que colocasse o Plano de Acessibilidade
na segunda-feira passada, o que, por questões burocráticas, não aconteceu.
Então foi colocado hoje, e agora já foi
retirado. Colocaram às 10 horas como prioridade número um e, às 11h46min,
retiraram. É isso o que estou perguntando.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador, segunda-feira passada, de fato,
estava prevista a Reunião Conjunta das Comissões para o Projeto de Lei de
Acessibilidade. A Verª Maria Celeste estava doente, não havia conseguido
concluir o Relatório; ela ainda está doente, mas conseguiu vir aqui e
encaminhar o Relatório.
Nós acordamos, nesta sala, com as Lideranças,
que nós faríamos a Reunião Conjunta das Comissões sobre esses dois temas hoje.
Inclusive, informei por que não havíamos discutido na segunda-feira anterior.
O SR. MARIO
FRAGA:
E hoje vai ter?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sim, sim, estão previstos os dois Projetos. O
Diretor Legislativo me informa que foi retirado em função da ausência da Verª
Maria Celeste. Eu havia entendido que estavam mantidos.
Ver. Mario, eu gostaria de chamar os Líderes
aqui para avaliarmos a situação.
O SR. MARIO
FRAGA:
Presidente, só estou fazendo a Questão de Ordem porque tenho uma posição de
Governo; isso me foi pedido, então fiz a solicitação ao Diretor.
Queremos saber o porquê, pois já foi transferido
de segunda-feira para quarta-feira, e, se Deus quiser, a Verª Maria Celeste vai
voltar.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Mario, primeiro o senhor pode se referir à
minha pessoa, porque respondo pelos atos dos Diretores aqui no plenário. Vamos
tratar disso com tranquilidade.
Vou suspender os trabalhos por um minuto, porque
acho importante tomarmos uma decisão sobre esse tema. Solicito a presença dos
Líderes.
O SR. MARIO
FRAGA:
Presidente, eu só queria deixar registrado que não é uma crítica a ninguém; é
somente a minha posição perante o Governo.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Claro, é a sua tarefa de Líder do Governo neste
momento.
O SR. MAURO
PINHEIRO:
Só para esclarecer ao Ver. Mario Fraga: a Verª Maria Celeste é a Relatora desse
Processo e está ausente - esteve ausente também segunda-feira -, e, solicitado
por ela, por motivo de doença, eu fiz o pedido ao Diretor que não colocasse
hoje em discussão e votação. Obrigado.
O SR. MARIO
FRAGA: Vereadora-Presidente,
foi exatamente o que a Vereadora relatou, e eu já aceitei. Obrigado, Ver. Mauro
Pinheiro.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Que bom, Vereador. Então não precisamos reunir
as Lideranças. Na verdade, essa decisão é uma decisão de Mesa, mas,
normalmente, temos uma cultura aqui que o nosso Diretor Legislativo está
respeitando, de não votarmos os projetos sem os respectivos relatores. Eu
agradeço a sua compreensão e franqueio a palavra às Lideranças. Precisaríamos,
talvez, aguardar um pouco mais para ter quórum para a Reunião Conjunta das
Comissões. Não está aqui o Presidente, ainda, da CCJ, pois a nossa tarefa hoje
é a instalação de Reunião Conjunta das Comissões para avaliação de dois
Projetos, o Projeto de Lei do Executivo que cria o grupo especialidade médica,
e o Projeto de Resolução da Câmara, que estabelece o sistema de classificação
de cargos e funções, uma estrutura complementar dos gabinetes dos Vereadores,
uma pequena alteração na forma de designação, na possibilidade de mudança dos
Vereadores.
O Ver. Elói ainda não se encontra...
(Manifestação do Ver. DJ Cassiá fora do
microfone. Inaudível.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Foi chamado, Ver. DJ. Muito bem. Estão abertas
as manifestações de Liderança. Eu convido o Ver. DJ Cassiá para conduzir os
trabalhos. Eu peço Tempo de Presidente para fazer um relato da viagem ao
conjunto dos Vereadores.
(O Ver. DJ Cassiá assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Ver. Sofia Cavedon está com a palavra em Tempo
de Presidente.
A SRA. SOFIA
CAVEDON:
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
quero pontuar aqui, rapidamente, a importância que tem a primeira experiência de representação que fiz desta Casa no
primeiro voo direto Portugal-Brasil, traduzindo melhor, o primeiro voo direto
Lisboa-Porto Alegre.
A TAP levou uma pequena comissão, o Presidente
da Assembleia Legislativa, o Governador do Estado, esta Presidente, e essa
viagem nos possibilitou valorizarmos um investimento bastante complexo, ousado,
mas já de sucesso da empresa portuguesa TAP. Nós podemos considerar que ela é
uma empresa irmã do Brasil, pela equipe que a coordena, por ser oriunda da
Varig, uma equipe de muito conhecimento, de muita capacidade técnica e coragem.
Ontem, o Ver. Cecchim homenageou aqui o
Vice-Presidente da TAP, Luiz Mór, que é uma das energias, um dos líderes
importantes desse novo empreendimento e que tem o mérito de inscrever no mundo,
nos visores dos aeroportos da Europa, o nome da cidade de Porto Alegre,
encurtar distâncias, apresentar soluções e medidas fáceis para chegar ao
Brasil, para chegar ao sul do Brasil, para chegar à nossa Cidade, para chegar
ao Mercosul.
As notícias que nós temos são de que, inclusive,
passageiros de Curitiba têm optado por este voo e suas conexões na Europa,
porque os aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro estão muito conflagrados.
Então, eu acho que este é o primeiro depoimento que quero trazer a Vossas
Excelências.
Ontem, a Casa pôde respaldar, homenagear esse
empreendimento numa emocionante Sessão Solene, proposta pelo Ver. Cecchim, com
a Orquestra de Flautas Villa-Lobos, o que, de fato, fortaleceu essa relação com
uma empresa e com Portugal, com o Governo português, e que estreita relações
principalmente culturais e econômicas e coloca, de novo, Porto Alegre numa
outra condição em relação ao mundo.
O Governador relatava a viagem à Coreia sobre os
muitos contatos que foram feitos, e perguntavam: mas como se chega a Porto
Alegre? De fato, é um caminho muito longo.
Quero relatar, Ver. Bernardino, que eu tive
sorte, porque o meu voo das 15h30min foi cancelado, consegui pegar o das
18h30min, e consegui pegar o voo para a Europa, na semana passada, mas o
Presidente da Assembleia saiu na quinta-feira e só chegou no sábado, porque foi
parar em um outro aeroporto, porque não podia ser em São Paulo nem no Rio.
Claro que há o tema da neblina vulcânica, mas também há o tema seriíssimo do
nosso tempo, do esgotamento dos aeroportos e das conexões.
Então, não precisar fazer conexão é um salto
para todos que precisam viajar a negócios, turismo, encontros. Acho que Porto
Alegre deve comemorar, celebrar e fortalecer esse voo.
Ainda pontuo dois outros elementos que pude
observar e quero compartilhar com vocês e com a Cidade. Um deles é a visita ao
remodelado Cais do Porto de Lisboa, acompanhada pela Farsul, pela Federasul,
pelo Presidente da Assembleia e pelo Secretário de Turismo de Porto Alegre. E
aquele Porto ganhou um Museu Oceanográfico, Ver. Tarciso, um museu maravilhoso
dedicado às águas, à preservação dos oceanos. É um Porto que ganhou grandes
espaços para grandes feiras, sim; tem shopping,
tem edifícios.
Peço ao Ver. DJ Cassiá que segure o tempo,
porque esse Tempo de Presidente não tem que ser cronometrado, necessariamente.
Também ali, naquele Porto enorme, que tem, inclusive, um bonde aéreo para
cruzá-lo, na beira do rio Tejo, a prioridade é para a bicicleta, para o
transeunte, é para a caminhada, é para carrinhos, é para o cidadão.
Pouquíssimos carros transitam à beira do rio Tejo, no Porto revitalizado de
Lisboa. Acho que foi uma experiência muito importante.
E a outra experiência foi o conhecimento da
Escola Profissional de Aveiro, uma cidade de Portugal, uma escola diferenciada
porque acolhe meninos e meninas a partir dos 14 anos que já fizeram a 6ª série.
Então, não é como aqui, no Brasil, em que a profissionalização é apenas depois
do Ensino Médio, e sim uma oferta de um percurso educativo, alternativo, para
uma juventude que abandona a escola na 5ª, 6ª, 7ª séries, que é, infelizmente,
a realidade de 50% da nossa juventude. Então, eles se interessam por uma
profissionalização e concluem o Ensino Fundamental junto, ou seja, é um modelo
de sucesso que envolve os alunos. Nós pudemos testemunhar; passamos um dia
discutindo a proposta pedagógica, visitando as turmas e conversando com os
alunos. E vejam, tudo isso financiado pelo Fundo Social Europeu. A escolha da
União Europeia foi investir em educação nos países que precisam dar um salto de
tecnologia e de desenvolvimento.
Encerro falando que, num dos ônibus da empresa
Carris - em Lisboa, também se chama Carris -, pude acompanhar um itinerário com
apresentação de teatro, com intervenção cultural, mas o que chama a atenção é
que, em todas as paradas de Lisboa, tem um visor indicando, Ver. Nilo, os
ônibus que por ali passam e o tempo que falta para passarem. O horário vai
alterando e informando ao passageiro em quantos minutos vai passar o próximo
ônibus. E isso não ocorre só no Centro, mas também nos lugares afastados da
Cidade. Então, é possível, sim, o cidadão controlar o seu ônibus, o serviço
prestado, o serviço concedido, ter segurança nessa prestação. É claro que
Lisboa, muitos conhecem, tem um sistema de metrô muito bom, o que libera a
superfície para o ônibus elétrico, para o bonde, que convivem com os carros com
muita tranquilidade.
Acho que foi uma possibilidade muito boa que a
TAP nos deu ao fortalecer esse voo, que foi celebrado de uma forma muito
emotiva pela TAP. Nós chegamos ao Brasil, e a equipe de bordo cantou para nós a
música “Porto Alegre é Demais”, num sotaque português. Vocês imaginem a emoção
não só da comitiva, mas de todos os brasileiros que estavam nesse primeiro voo.
Eu queria compartilhar isso com V. Exas e com o povo
de Porto Alegre, dizendo que eu tive o privilégio de representá-los. Com
certeza, essa perspectiva de estar mais junto da Europa será estendida, cada
vez mais, a mais pessoas, em função desse novo investimento. Muito obrigada
pela atenção.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra em
Tempo Especial.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sr.
Presidente, Ver. DJ Cassiá; demais Vereadores, Vereadoras; público do Canal 16;
público das galerias, venho a esta tribuna para fazer um relato da minha
representação, Ver. Nilo Santos. Na semana passada, fui convidado para
participar do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte,
que acontece desde o ano de 1999, em Brasília, e que reúne representantes de
todo o Brasil. Esse Fórum é permanente, junto com o Ministério da Indústria e
Desenvolvimento Econômico, e nele se discutem todos os problemas, todas as
situações referentes às microempresas. Eu tive o privilégio, como Presidente da
Frente Parlamentar, de ser convidado a participar dessa reunião que aconteceu
nos dias 8 e 9 de junho, em Brasília, onde foram tratados vários assuntos,
entre eles a Lei nº 591, que tramita na Câmara Federal e que trata do aumento
dos valores máximos das empresas para empresa individual, microempresa e EPPs -
Empresas de Pequeno Porte -, para que mais empresas possam ser enquadradas
nessas modalidades.
Também foi tratada a Lei nº 123, do Governo
Federal, já aprovada e ainda não regulamentada em todos os Municípios, que é a
lei geral da microempresa. Além disso, foram discutidos diversos outros
assuntos sobre tributação, tributação das microempresas e como fazer, nos
Estados e nos Municípios, com que essas empresas tenham melhores condições de
sobrevivência, já que é sabido que as pequenas empresas, as EPPs, as microempresas,
são as que mais geram empregos no nosso Brasil. Então, esse Fórum Permanente
trata desses assuntos.
Estiveram presentes representantes da Secretaria
de Economia, que é presidida pelo Secretário Maurício Dziedricki, para que
pudéssemos, discutindo dentro do Fórum, trazê-lo para o Estado do Rio Grande do
Sul e para Porto Alegre, para que as empresas locais, Ver. Brasinha - o senhor,
que é um defensor das pequenas empresas -, possam participar e discutir o
avanço da microempresa no nosso Estado. É um Fórum bastante importante, que vai
se reencontrar nos dias 5, 6 e 7 de julho, em Brasília, com a presença do
Ministro. Isso mostra o grau de importância que tem esse Fórum. Agora, como
Presidente da Frente Parlamentar - Ver. Adeli Sell, Vice-Presidente da Frente
Parlamentar -, talvez possamos trazer esse Fórum Permanente para a cidade de
Porto Alegre, para que mais pessoas possam participar trazendo os problemas,
para que as microempresas do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre também possam
avançar, gerando cada vez mais oportunidades.
Sabemos que, muitas vezes, as pessoas acabam,
Vereador, criando uma empresa porque não têm outra opção. Cada vez mais temos
que lutar para que essas empresas entrem por opção, e não por necessidade, que
tenham qualidade, condições de se estruturar, mais crédito, melhores
legislações. Essa é a luta do Fórum Permanente, que tem sempre a presença do
Sebrae, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal. Que possamos trazer
esse Fórum para Porto Alegre, para discutir com as nossas empresas, Ver. Adeli
Sell, e que, dessa forma, possamos auxiliar cada vez mais o nosso empreendedor,
para que ele tenha condições não só de abrir a sua empresa, mas de prosperar e
gerar empregos.
Essa foi a nossa missão lá em Brasília, e vamos
continuar lutando para que esse Fórum, a partir deste ano ainda, aconteça no
Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Nós vamos estar à frente,
trabalhando para isso. Muito obrigado pela atenção de todos.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Mauro.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS
TODESCHINI:
Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, eu queria agradecer a oportunidade ao nosso Líder, Ver. Mauro
Pinheiro. Venho aqui para debater e tratar de um assunto que é relevante e que
não é de hoje, que é a questão dos sucessivos conflitos envolvendo estudantes,
o movimento estudantil e a relação com as respectivas entidades acadêmicas da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Fui chamado para um ato, na segunda-feira, final
de tarde; estive lá e, depois, às dez da noite, fui acionado pela Verª
Fernanda, porque havia ocorrido um conflito, uma crise com pancadaria.
Inclusive foi chamada a Brigada Militar, que teve um papel muito importante
para conter a violência. Os próprios seguranças da PUC acionaram a Brigada
porque não tiveram condições de estabelecer o controle da situação.
Ontem estivemos lá, juntamente com a Presidente,
o Ver. Mauro Zacher, a Verª Fernanda e o Ver. Mauro Pinheiro, para tratar desse
assunto, que não é episódico nem recente; é uma crise que vem de mais de duas
décadas por equívocos e, fundamentalmente, por manipulações na escolha das
entidades. Foi reconhecido, na reunião de ontem, pela Reitoria, pelos
Pró-Reitores, que a ausência de procedimentos transparentes e democráticos leva
à constante reprodução de um grupo que se instalou no poder há 22 anos, pelo
menos. Hoje à noite, nós teremos novamente uma reunião com a Direção da
Universidade, com a Reitoria, pois vamos servir de fiadores e mediadores de uma
política que garanta procedimentos democráticos, transparentes e legítimos,
Ver. Adeli, tudo o que não tem acontecido na PUC nesses últimos anos,
reconhecido pela própria Reitoria. Estaremos lá para afiançar se o resultado
vai evoluir para essas garantias. Repito: procedimentos democráticos e
transparentes. Inclusive, estava na reunião o Ver. Mauro Zacher, que é
representante, ou que é porta-voz, melhor dizendo, da atual Direção do DCE.
Essa falta de procedimentos transparentes e
democráticos tem desencadeado uma série de ações que redundam, inclusive, em
violência. E nós temos que combater toda e qualquer forma de violência, mas, ao
mesmo tempo, nós temos que garantir procedimentos democráticos, o que não
acontece na PUC.
Esperamos que essa reunião de hoje possa
produzir efeitos e que a situação da PUC caminhe para um final de solução de
crise.
Soubemos que, ontem à noite, houve uma
manifestação do grupo que foi agredido, do grupo que foi e vem sendo excluído
dos processos eleitorais, que é vítima da manipulação. Há mais de 20 anos,
houve uma manifestação desse grupo com mais de mil estudantes nas dependências
da PUC. E tudo o que nós vamos fazer é para que a democracia se restabeleça,
vamos trabalhar para isso.
Então, esta é a nossa missão para a reunião de
hoje, quando estaremos representando aqui o nosso Partido, assim como outros
Vereadores representarão os outros lados e os outros Partidos, buscando uma
solução conjunta e comum para a garantia da democracia, da lisura dos
procedimentos e a legitimação dos processos para que, com isso, se debele a
violência que se tem verificado na PUC. Obrigado pela atenção.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 14h46min): Havendo quórum,
passamos à
O SR. SEBASTIÃO
MELO: Presidente,
eu peço a sua compreensão. Eu ouvi atentamente o Ver. Todeschini. Talvez não se
trate de uma Questão de Ordem, mas é um registro necessário. Eu acompanhei,
como todos nesta Casa - inclusive ouvi a entrevista de V. Exª -, a questão
envolvendo a PUC. Para mim, isso é caso de Polícia, porque, cá para nós, que
mau exemplo estão dando esses jovens da PUC para o Rio Grande, para o Brasil e
para Porto Alegre! Acho que Vereador pode estar - e deve estar - em qualquer
lugar para mediar conflitos, encaminhar, mas eu recomendo a Vossas Excelências
que levem Delegados de Polícia junto, porque, para mim, isso é caso grave de
Polícia!
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Sebastião Melo, eu assino embaixo. A
reunião que haverá hoje à noite foi mediada pelo Comando da Brigada Militar da
Capital, o Coronel Atamar, porque não é possível que, o tempo inteiro, a
Brigada esteja mediando relações entre estudantes.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Vereadora, eu também estranho muito a participação da
Câmara, da Presidente da Câmara de Vereadores, num assunto de uma faculdade
particular, que tem Reitoria, que tem regulamento. O Diretório Central de
Estudantes faz parte da Reitoria; então, eles é que têm obrigação para com
isso. Nós temos tantos problemas na Cidade e estamos nos envolvendo em problema
dos outros. Fica aqui o meu protesto.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Verª
Sofia, em resposta ao Ver. Nedel, nós, Vereadores, só estamos participando
dessa Comissão para ajudar, até mesmo porque fomos procurados pelos alunos da
PUC que foram agredidos. Nós nos colocamos à disposição, e a própria PUC nos
pediu que estivéssemos juntos, acompanhando, para que houvesse legitimidade e
para que não houvesse mais brigas. Os Vereadores estão apenas ajudando numa
mediação. E nós, Vereadores desta Casa, não podemos nos omitir, em hipótese
alguma, em relação a fatos dessa natureza. Muito obrigado, Vereadora.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Mauro Pinheiro. Acho que V. Exª
recompõe bem os fatos.
O SR. PEDRO
RUAS:
Verª Sofia Cavedon, eu ouço aqui a manifestação do Ver. Nedel, respeitosamente,
mas quero dizer a V. Exª que estamos diante, neste caso específico, de um
escândalo na Capital. De um escândalo! Aquilo que é propriedade privada é uma
concessão pública do Ensino Superior. Nós tivemos gravíssimos episódios de
violência física; temos denúncias seriíssimas de malversação de verbas e temos
outras tantas situações também graves que nem quero mencionar neste momento,
mas que aparecerão, hoje à noite, na reunião e que impõem uma ação imediata,
enérgica, forte, deste Legislativo, para recompor a situação naquilo que estiver
ao alcance da Câmara Municipal.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Pedro. Tranquilizo o conjunto
dos Vereadores: é uma comissão pluripartidária que está fazendo essa mediação,
e o nosso intuito é que, o mais breve possível, a Câmara consiga se retirar e
que, de fato, volte a uma regularidade, a uma normalidade, a uma transparência,
e que aquele seja, de fato, um espaço tranquilo para os estudantes se
organizarem. Só estamos lá, de fato, por pedido de ajuda da própria
Universidade. Inclusive informo ao conjunto dos Vereadores que, a partir da
vinda dos estudantes, nós também nos comprometemos em pautar o tema com o
Ministério Público. A reunião está marcada para a sexta-feira.
O Ver. Mauro Zacher está com a palavra.
O SR. MAURO
ZACHER: Srª
Presidente, eu cheguei recentemente ao Plenário e ouvi a manifestação do Ver.
Pedro Ruas. Depois, vou pegar as notas taquigráficas para poder realmente ver o
conteúdo das manifestações. Já é público este assunto, Presidente. Talvez V.
Exª já tenha também se referido, no plenário, ao fato de que estivemos, ontem,
lá na PUC e que estaremos hoje às 20h lá. Já há bons encaminhamentos, pelo
menos a partir do momento em que nós tivemos a oportunidade de dialogar com
ambos os lados. O que fica muito claro é o radicalismo de ambas as partes.
Eu quero ratificar que o nosso papel está sendo
feito e que não tenho dúvida de que nós iremos encontrar um caminho para
garantir o processo eleitoral em todas as entidades. Eu acho que isso vai
servir como referência para outros DCEs, para que possamos garantir a
participação de todos os alunos. Quero dizer que estamos juntos nessa
caminhada. Eu, infelizmente, cheguei atrasado, mas quero pegar, depois, o
depoimento, para poder fazer, talvez, um contraponto, um bom debate.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Mauro. A sua fala foi importante
porque mostrou a pluralidade da intervenção nesse momento.
O Ver. Pedro Ruas está com a palavra.
O SR. PEDRO
RUAS: Eu
gostaria de fazer um registro, Excelência. Estão totalmente à disposição as
notas taquigráficas no que tange a este Vereador, que fez uma intervenção em
cima do que falou o Ver. Nedel. Sou testemunha de que o Ver. Mauro Zacher tem
se colocado à disposição para tentar chegar à única solução possível nesse caso.
Sou testemunha nesse sentido, mantenho o que disse e libero as notas
taquigráficas para o Ver. Zacher, assim que for possível. Obrigado.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Pedro Ruas.
Convido o Presidente da CCJ, Ver. Elói
Guimarães, para instalar e presidir a Reunião Conjunta das Comissões - CCJ,
CEFOR, CUTHAB e COSMAM - para tratar dos dois Projetos acordados com a Mesa
Diretora.
Estão suspensos os trabalhos para a Reunião
Conjunta das Comissões.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h53min.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h08min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. Reginaldo Pujol solicita Licença para
Tratamento de Saúde no período de 15 a 22 de junho de 2011. A Mesa declara
empossado o Suplente Ver. Ismael Heinen, nos termos regimentais, que integrará
a Comissão de Constituição e Justiça, em função da impossibilidade de o
Suplente Newton Braga Rosa assumir a Vereança.
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª
Presidente, o Ver. Reginaldo Pujol é o Relator da Comissão Parlamentar de
Inquérito e já havia avisado anteriormente a este Vereador, que preside aquela
Comissão, que vai aproveitar o período em que estiver afastado para estudar
todo o material da Comissão e concluir o Parecer, que será submetido à Comissão
lá pelo dia 30 deste mês. Muita gente pode dizer que o Relator está saindo, mas
ele já deixou avisado que está com todo o material e está fazendo esse
trabalho.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada, Ver. Luiz Braz. Vereador
Brasinha.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Srª
Presidente, a Bancada do PTB gostaria de fazer uma saudação ao nosso querido
Ver. Ismael Heinen. Seja bem-vindo a esta Casa! Quem sabe, em 2012, ele volte
definitivamente para cá!
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Está registrado.
O SR. ISMAEL
HEINEN (Requerimento): Srª Presidente, eu também quero aproveitar, já
que fui nominado aqui, para dizer da minha alegria, minha satisfação e minha
honra em também ser presidido por V. Exª nesta Casa. Aproveito, Srª Presidente,
para solicitar a retirada do PLL nº 168/10 da priorização da Ordem do Dia.
Agradeço a atenção.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada. Seja muito bem-vindo, é uma
alegria reencontrá-lo.
Em votação o Requerimento do Ver. Ismael Heinen,
que solicita a retirada do PLL nº 168/10 da priorização da Ordem do Dia.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 037/11 –
(Proc. nº 2171/11 – Ver. Engenheiro Comassetto) – requer seja o período de Comunicações do dia 14 de
novembro destinado a assinalar o transcurso do 174º aniversário da Brigada
Militar do Rio Grande do Sul.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento nº 037/11. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram...
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO (Requerimento): Srª Presidente, eu gostaria de pedir que
a votação fosse nominal, porque precisamos nos certificar de que temos 24
Vereadores votando. Nós tínhamos contado 21 e precisamos ter certeza de que
temos 24 Vereadores, porque, nesse caso, o Ver. Ismael solicitaria o retorno de
seu Projeto para votação no dia de hoje.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver.
Engenheiro Comassetto, o Requerimento nº 037/11. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 24 votos SIM.
O SR. ISMAEL
HEINEN (Requerimento): Srª Presidente, diante do ocorrido, solicitaria
que o PLL nº 168/10, de minha autoria, fosse votado na Sessão de hoje.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Ismael Heinen. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3477/10 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 168/10,
de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que concede o título de Cidadão de Porto
Alegre ao senhor Leonel Púglia Garcia.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do
Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 18-04-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 168/10. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 168/10. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 26
votos SIM. Parabéns, Ver. Ismael Heinen!
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h17min): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1960/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 069/11, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
estabelece a reserva de área nas proximidades do Parque Marinha do Brasil e da
Avenida Beira Rio para fins da instalação de monumento em homenagem ao
Movimento Escoteiro do Brasil e dá outras providências.
PROC.
Nº 2175/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 079/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Walter Emílio Schneider o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 6032, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
PROC.
Nº 2176/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 080/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Derocy Peres de Palma o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 6033, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
PROC.
Nº 2252/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 021/11, que cria cargo em comissão na Secretaria
Especial de Acessibilidade e Inclusão Social (SEACIS) e inclui inc. XXII no
art. 1º da Lei nº 8.689, de 28 de dezembro de 2000, atribuindo verba de
representação ao posto criado. (CC de Gestor C NM)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Antes, o Ver.
Aldacir José Oliboni está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela
oposição.
(O Ver. DJ Cassiá assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; público que nos acompanha neste
momento, o Ver. Dib não se encontra. Quem está respondendo pelo Governo?
(Pausa.) É o Ver. DJ Cassiá, o Vice-Líder, que, no momento, preside a nossa
Sessão no dia de hoje. Eu queria dirigir ao Líder do Governo um pedido muito
especial com relação à Região Leste de Porto Alegre, onde enfrentamos uma
situação muito delicada.
Quem não conhece o antigo Terminal Alameda, o
grande ponto de baldeação criado pelo Governo Villela, naquela época, e que não
deu certo? Grandes terminais já foram excluídos; outros demolidos, mas esse
grande Terminal ficou na Região Leste de Porto Alegre sendo ocupado pelo DMLU.
E o DMLU, sem nenhuma consulta, sem perceber que aquela área é uma Área de
Interesse Social, aprovada por um Projeto nesta Casa, resolveu construir um
ecoponto, um local de transbordo de lixo.
E nós, com uma agenda com a comunidade, na
sexta-feira, com a presença do meu querido colega Ver. Brasinha e de vários
assessores de outros Vereadores, fomos visitar a Região, e, dentre as agendas
programadas, estava esta, da visita ao Terminal Alameda. E ali constatamos,
realmente, uma obra irregular.
Ver. DJ Cassiá, Líder do Governo no dia de hoje,
encontramos no Terminal Alameda uma obra irregular do DMLU! Jamais eles
deveriam ter feito uma obra irregular naquele local, porque a comunidade e a
Secretaria da Saúde demandaram um PSF com quatro equipes de Programa de Saúde
da Família, articuladas por este Vereador e pela Comissão de Saúde ainda no ano
passado, quando eu estava na presidência. O Ver. Dr. Raul, o Ver. Dr. Thiago, o
Todeschini, o Beto Moesch, todos os nossos Vereadores da Comissão sabem desta
demanda. Pois o DMLU, do dia para a noite, resolveu fazer ali um ecoponto.
Ontem mesmo, falei com o Prefeito de Porto
Alegre, José Fortunati, o qual, imediatamente, ficou preocupado, ligou para o
DMLU, e um dos responsáveis procurou este Vereador pedindo para autorizar, pelo
amor de Deus, essa obra. Quem é o Vereador para autorizar uma obra?! Vereador
não pode autorizar obra nenhuma! O DMLU está errado!
Junto com a comunidade, nós fomos ao Ministério
Público, e agora, sexta-feira, às 10h, será a primeira audiência. É para
mostrar a alguns gestores que pensam que são os donos da Cidade, Ver. Adeli.
Não é assim que se governa, tanto é que foi muito pontual a intervenção do
Fortunati para dizer ao Presidente do DMLU que não é assim que se faz! Se nós,
aqui, aprovamos leis, e elas são sancionadas pelo Governo, os órgãos públicos
devem ser os primeiros a obedecer e não agir ao livre arbítrio e construir um
ecoponto nesse lugar para fazer o transbordo do lixo. Mas o que é isso?! A
população quer, sim, no Terminal Alameda, uma unidade de saúde! Quer, sim, esse
PSF, acordado já, inclusive, com a Secretaria da Saúde, com o Secretário
Casartelli, com o Secretário Adjunto Marcelo Bosio! Não há por que o DMLU
radicalizar! Vamos ajudá-lo, então, a encontrar uma outra área, mas não ali
onde a comunidade estabeleceu como prioridade uma unidade de saúde.
Então, venho aqui em nome da oposição, em nome
da nossa Bancada, para dizer que é muito importante, sim, que o Governo perceba
que aquela Região, carente que está de serviço médico, possa ali implementar
quatro equipes - não é uma; são quatro, Ver. Dr. Thiago, ontem confirmadas pelo
Secretário Adjunto.
Então, é necessário que o DMLU, imediatamente,
cancele essa obra e negocie com o próprio Governo e com o Ministério Público,
na sexta-feira, a possibilidade de encontrar outra localização. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU
BRASINHA:
Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores, hoje eu estou meio afônico,
com a voz meio ruim devido à grande vitória de ontem que nós tivemos, com os
nossos colegas Ver. Mauro Zacher, Ver. Mario Fraga, Ver. Nilo Santos e Ver.
Marcelo Chiodo, que compuseram o nosso time, o nosso Grêmio, não é, Vereador?
Foi muito bom, proveitoso, e isso significa que nós podemos mostrar que
colorados e gremistas podem conviver sem problema nenhum.
Eu quero falar também, meus amigos, a respeito
da Rodoviária. Eu costumo dizer - já falei várias vezes e vou falar quantas
vezes forem necessárias - que há 33 ou 34 anos, eu cheguei a essa Rodoviária,
Ver. Toni Proença, que, na época, era relativamente boa, mas, com o tempo, com
o desgaste - acho que nunca fizeram uma reforma -, a Rodoviária virou um
terminal de péssima qualidade. Por quê? Tudo avança, a tecnologia avança, e a
nossa Rodoviária fica sempre estagnada ali naquele “brete”. Eu acho que o
gargalo, o problema do trânsito, está na Rodoviária. É claro que a gente,
falando com os proprietários das lojas de lá e com quem administra a
Rodoviária, eles dizem que há uma pesquisa de índice de satisfação. É Claro,
Ver. Oliboni, que a satisfação para quem chega é muito confortável; a
Rodoviária é no Centro. Mas para quem vive o dia a dia aqui, Ver. Adeli, é
difícil. Não tenho nada contra os permissionários da Rodoviária, mas eu acho
que está na hora de mudar a Rodoviária para outro local ou, quem sabe, fazer
uma grande reforma. Mas como fazer uma grande reforma? Não há espaço físico.
Também eu vejo que a Rodoviária deveria avançar.
Lá em Campinas, tem uma rodoviária - e a cidade é a metade de Porto Alegre -
que parece um shopping. Então, Ver.
Toni Proença, eu acho que a Rodoviária tem que mudar, sofrer uma grande reforma
ou buscar estacionamento para os táxis e dar qualidade ao usuário, porque não
pode continuar assim.
A Rodoviária tem que mudar, por quê? Eu acho
que, na Rodoviária, não se deve cobrar nenhum centavo para ir ao banheiro, meu
amigo, porque, quando se viaja para outro lugar pelo Aeroporto, vai-se a um
banheiro bom, cheiroso; e, na Rodoviária, vai-se a um banheiro de péssima
qualidade, ruim, e ainda se tem que pagar. Acho isso um absurdo, porque são as
pessoas mais simples que vão viajar de ônibus. As pessoas que mais necessitam
têm que ter o dinheiro para pagar! Lá no Mercado Público, também, sou contra
cobrar pelo uso do banheiro. No Mercado Público, temos que subir para ir ao
banheiro, e é cobrado. Eu vi um cidadão não ter a moeda para ir ao banheiro. E
isso é terrível, meu amigo. O homem chegou a chorar e urinou nas calças. E a
autoestima desse cidadão como fica? Acho um absurdo! Lugar público tem que ter
banheiro público e com qualidade, não pode ter esses banheiros ruins. Obrigado,
senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ADELI
SELL: Meu
caro Ver. DJ Cassiá, que preside os trabalhos; colegas Vereadoras e Vereadores,
o Ver. Bernardino Vendruscolo nos propõe um monumento em homenagem ao Movimento
Escoteiros do Brasil. Eu acho que nós, por sinal, temos uma certa carência de
monumentos esteticamente apreciáveis na cidade de Porto Alegre. Eu diria que
nós temos algumas coisas que são até deploráveis. Eu sempre sou favorável a que
se façam monumentos, porque eu acho que isso marca a história, a forma, o ser
de um povo, de uma cultura; no entanto, nós temos que nos preocupar com os
artistas, com a estética. Eu quero dizer aos meus colegas que eu irei
apresentar, muito em breve, um monumento, um memorial, em lembrança aos mortos
por motocicletas em acidentes de trânsito e vou apresentar aos meus colegas uma
maquete, uma verdadeira obra de arte que nós queremos colocar em algum espaço
da Cidade e uma campanha que queremos fazer em cada esquina, inclusive para
arrecadar recursos para bancar esse monumento, esse memorial. Para isso, vamos
falar com o Vereador Bernardino para saber como ele pretende resolver essa
questão.
Eu também quero tratar aqui do Projeto de Lei do
Executivo que cria Cargo em Comissão na Secretaria Especial de Acessibilidade e
Inclusão Social. Bom, em primeiro lugar, eu acho que essa é uma Secretaria que
não deveria existir; ela deveria ser parte, Ver. Ismael Heinen, da EPTC,
deveria ser um espaço para cuidar da acessibilidade na Empresa Pública de
Transporte e Circulação, que cuida da mobilidade urbana.
Eu pergunto de que adiantou, de que serviu, ao
longo desses seis anos e meio, uma Secretaria de Acessibilidade, se é
impossível transitar pelas calçadas de Porto Alegre; se não foi criado e nem
trabalhado nenhum novo acesso aos cadeirantes; se a Av. Assis Brasil é aquela
coisa maluca, onde não tem como um cadeirante cruzar de um lado para outro -
sem falar da Av. Bento Gonçalves, da Av. Ipiranga e de tantos outros lugares
intransponíveis para um cadeirante. A gente cria uma Secretaria, o Governo
atual manda embora um Secretário - é verdade, ele não cumpriu com as suas
tarefas -, traz um ex-deputado, coloca numa Secretaria, e ele, até agora,
também não disse a que veio. Então, sobre criar mais um Cargo de Confiança, já
vou dar meu voto aqui: sou contra. Fui generoso com este Governo, votando na
criação de vários cargos de confiança. Vão dizer: “Mas, no Governo do Estado,
criaram”. Bom, do Governo do Estado cuidam os Deputados Estaduais; de Porto
Alegre, cuidamos nós, os Vereadores. Aqui, sim, eu tenho conhecimento de causa;
aqui, sim, eu posso falar; aqui, sim, eu tenho condições de questionar que não
existe Secretaria Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social, é uma
Secretaria fantasma, como fantasmas são os cargos que lá existem, porque não
vejo nada de acessibilidade em Porto Alegre, e depois querem falar de Copa do
Mundo. Eu vejo Porto Alegre além da Copa; eu vejo a Porto Alegre da não
acessibilidade; eu vejo a Porto Alegre da modernidade suspensa, da modernidade
que retroage e que, portanto, hoje é uma Cidade cinza, escura, pichada, onde
não se recolhe lixo, onde um cego não consegue caminhar.
(Aparte antirregimental do Ver. Alceu Brasinha.)
O SR. ADELI
SELL: Citei
aqui um exemplo, Brasinha, a cidade de Cascavel, com 300 mil habitantes, uma
cidade nova, no Paraná, onde todo o Centro tem calçadas já arrumadas, com
indicação para os cegos poderem caminhar.
Vamos falar dos ônibus. Que acessibilidade tem
nos novos ônibus comprados pela Administração? Estamos regredindo. Nós vínhamos
num processo de acessibilidade, de inclusão ao longo de muitos anos; hoje nós
estamos retroagindo. Sou contra este Projeto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Ismael Heinen está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ISMAEL
HEINEN: Exmo Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; caros colegas
Vereadores, fazendo a minha reestreia, parece que é uma pontuação anual, só que
não me apraz muito, porque é sempre por motivo de saúde do colega Pujol, a quem
eu quero desejar um pronto restabelecimento e dizer o quanto me orgulha ser seu
substituto nesta Casa; é um Vereador competente, hábil, digno de nossa Porto
Alegre.
Sobre esse Projeto, eu quero trazer, Ver. Toni
Proença, a minha experiência de Suplente nesta Casa. Hoje eu tenho tempo de
caminhar em Porto Alegre, e caminho bastante, porque estou ajudando as empresas
do meu filho.
Em Porto Alegre, há uma característica que me
chamou a atenção, acho que esta Casa e o Poder Público têm que fazer uma
reavaliação das áreas verdes de Porto Alegre, notadamente no que se refere às
suas praças. Nós temos hoje, para os finais de semana, quando as famílias se
deslocam, seja pela manhã ou à tarde, seja aos sábados, domingos ou feriados,
muito poucos locais aprazíveis, saudáveis, que chamem atenção das famílias para
que elas possam usá-los de acordo com sua destinação.
Há muitas praças que vejo, nessas caminhadas que
faço, que estão totalmente vazias, quer dizer, sem atrativos para que uma
família as frequente, sem atrativos para as crianças. Até me vieram ideias,
perambulando por Porto Alegre, passando de praça em praça, vazias. Hoje, e em
conversa com o nosso Prefeito, saímos um pouco mais fortalecidos quanto aos
projetos que estão em andamento em Porto Alegre, quanto à limpeza das praças,
quanto à coleta do lixo, que será renovada, mas chama a atenção, Ver. Luiz
Braz, o fato de nós termos poucos locais - cito a Praça Alemanha, o Parcão, a
Redenção.
Este Projeto é com relação ao Parque Marinha do
Brasil, onde, notadamente, se não for um dia muito especial, um sábado ou
domingo, estará vazio. Durante os dias da semana, principalmente, muito mais
vazio. Por quê? Porque faltam atrativos para os nossos filhos, eles têm que
gostar de ir a uma praça. Tem que ser chamada a atenção das crianças para que
frequentem os parques de Porto Alegre. Com exceção dos que citei, não há esse
chamamento nas praças e parques. Não adianta levar uma criança contrariada para
uma praça, para um parque. Acho que Porto Alegre, principalmente no Centro e na
Zona Sul, está muito carente de um parque que chame a atenção, que faça com que
nossos filhos peçam para serem levados a esses parques e tenham um dia de
convivência ao sol, ao ar livre. Há muitas praças abandonadas, atiradas, em
favorecimento, infelizmente, da drogadição e da insegurança em Porto Alegre. É
oportuno que se criem, nesses parques, principalmente no Parque Marinha do
Brasil, atrativos culturais, como o que está sendo proposto aqui. Podemos criar
muitos outros para que tenhamos mais solenidades, mais atrativos, mais
histórias dentro do Parque. Isso é uma necessidade em Porto Alegre para uma
convivência saudável e social do nosso povo. Era essa a minha contribuição
neste breve espaço de tempo deste ano de 2011. Muito obrigado pela acolhida,
Brasinha, pelas tuas palavras gentis a respeito da minha chegada. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Muito obrigado, Ver. Ismael. Sua presença nesta
Casa muito nos honra.
O Ver. Mario Manfro está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. MARIO
MANFRO: Ver.
DJ Cassiá, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadoras, Vereadores que nos
assistem, uma saudação especial ao Ver. Ismael, que está de retorno a Casa -
satisfação em revê-lo aqui. Neste período de Pauta, eu gostaria de falar sobre
o Projeto de Lei do Executivo, que já foi abordado pelo Ver. Adeli Sell, só que
com uma posição totalmente contrária à posição dele. Quando o Vereador diz que
a Secretaria de Acessibilidade pouco contribuiu, há de se questionar se haveria
como contribuir mais com a estrutura hoje existente. Esse cargo, proposto pelo
Executivo, nada mais é do que o cargo de Secretário Adjunto; então era uma
Secretaria que nem Secretário Adjunto tinha. É uma Secretaria Especial de
Acessibilidade, e existe uma deficiência muito grande de servidores, inclusive
no aspecto primordial, que é a fiscalização. Não existem fiscais, a estrutura é
muito pequena, e como exigir que realmente funcione, como exigir que realmente
traga retorno à Cidade, se é uma estrutura extremamente acanhada?
Hoje existe, tramitando no Poder Executivo, um
Projeto, Vereador, que inclusive transformaria a Secretaria Especial de
Acessibilidade numa Secretaria Municipal de Acessibilidade, com a estrutura
compatível com as outras Secretarias. Eu acho que aqui ninguém questiona o
conhecimento do ex-Vereador e ex-Deputado, hoje Secretário Paulo Brum nessa
área de acessibilidade; agora, deve haver recurso, deve haver condições não só
financeiras, de orçamento, mas também de estrutura. Aí, sim, dando essas
condições ao Secretário, nós poderemos, então, fiscalizar e exigir um trabalho
realmente à altura do que a cidade de Porto Alegre realmente precisa em termos
de acessibilidade.
Tenho certeza de que, assim como a nossa
Bancada, o Ver. Luiz Braz e eu votaremos favoravelmente a esse Projeto. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Waldir Canal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. WALDIR
CANAL:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu venho a esta tribuna falar de um assunto
pelo qual tenho tido o maior apreço, fruto de aprovação de um Projeto aqui na
nossa Casa, que é a colocação de brinquedos adaptados para crianças portadoras
de deficiência. Estive, esta semana, na entrega da revitalização da praça, ali
no Parque dos Maias, e a população estava presente - vi muitas pessoas -, mas
senti falta desse equipamento necessário para crianças portadoras de
necessidades especiais.
Então, a população, a comunidade, as pessoas que
conhecem o trabalho, conhecem o Projeto, sabem desse direito. Na realidade, não
é mais um Projeto, é a Lei nº 10.833. Nós temos 09 parques e 597 praças no
nosso Município.
Hoje, pela manhã, em conversa com o nosso
Prefeito, solicitei sua ajuda; já estive na SMAM conversando com o nosso
Secretário, solicitando a sua compreensão para que providencie a implantação
desse equipamento, desses brinquedos para as crianças nas praças. O Vereador
que me antecedeu aqui falava na questão das praças nas periferias dos bairros,
e muitas praças ainda continuam sendo muito bem frequentadas, mas as crianças
que são portadoras de necessidades especiais acabam brincando no chão, e os
pais, muitas vezes, não conseguem colocá-las no brinquedo; elas têm que ficar
numa cadeira, veem as outras crianças brincando e não conseguem entrar nas
atividades.
Então, eu venho aqui para, acima de tudo,
registrar essa minha preocupação. Já faz um ano que o Prefeito Fogaça assinou
essa Lei, e nós, aqui na Câmara, a aprovamos por unanimidade. E eu estou aqui
reivindicando, sim, que essa Lei seja cumprida, implementada. Eu sei que é uma
questão de saber quais são os brinquedos, mas existem outros Estados - Rio de
Janeiro, Alagoas, Belo Horizonte, Goiás, Minas Gerais, enfim, outros lugares -
que têm, nas suas praças, brinquedos adaptados para as crianças portadoras de
necessidade.
Portanto, eu venho aqui não apenas para não
deixar a Lei cair no esquecimento, mas por causa da necessidade da inclusão social,
inclusão daqueles que precisam conviver mais harmonicamente com as outras
pessoas, com as crianças. Enfim, já solicitei ao Prefeito e estou tornando
pública essa minha reivindicação, essa minha solicitação, para que as pessoas
que têm me cobrado que essa Lei se cumpra saibam que nós estamos na luta,
estamos em busca principalmente da regulamentação, da implementação daquilo que
é um direito das crianças portadoras de necessidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Toni Proença está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. TONI
PROENÇA:
Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; senhoras e senhores, eu me inscrevi
em Pauta após ouvir o pronunciamento do Ver. Mario Manfro, que se referia ao
Projeto de Lei do Executivo que cria o cargo de Secretário Adjunto da
Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social e dá outras
providências.
Tem razão o Ver. Mario Manfro: existem algumas
Secretarias que, muito mais do que orçamento, têm que ter diligência e trabalho
para transversalizar as ações do Governo, Ver. Luiz Braz. E essa é a função da
Secretaria de Acessibilidade, que propõe políticas públicas, como o Plano
Diretor de Acessibilidade, que tramita nesta Casa, e, mais do que isso,
harmoniza as ações de todos os órgãos da Prefeitura, visando melhorar as
condições de acessibilidade na cidade de Porto Alegre. Essa é a função da
Secretaria de Acessibilidade; ela não tem que ter orçamento para realizar
obras, mas ela tem que ter um grupo de trabalhadores, de servidores, um
Secretário e um Secretário Adjunto. O Ver. Mario Manfro me lembrava de que a
Secretaria tem cinco servidores, passando a contar com seis; mas, mais
importante do que ser o sexto servidor é que é um Secretário Adjunto, alguém
que tem poder para negociar com outros Secretários de outras Secretarias sobre
as ações e as iniciativas necessárias para dotar a Cidade de acessibilidade.
Nós temos milhões de exemplos. O Ver. Waldir Canal, que me antecedeu aqui,
reclamava da falta de brinquedos acessíveis a crianças portadoras de
deficiência. Se formos ao Ginásio Tesourinha, veremos que ali não há uma rampa
para cadeirantes, e é um ginásio público municipal - uma rampa para
cadeirantes! Eu vou arriscar aqui, Ver. DJ - não sou construtor: é uma obra de
R$ 45,00, entre cimento, areia e ferro, para fazer uma rampa para dar
acessibilidade, porque não são mais do que dois degraus que têm que ser
vencidos.
Então, a Secretaria Especial de Acessibilidade e
Inclusão Social é, na verdade, um instrumento de vencer a pior barreira da
gestão pública, que é a barreira da falta de diálogo entre os órgãos da própria
Prefeitura, entre os órgãos do Estado ou até entre os órgãos federais. É a
velha e querida palavrinha: transversalidade. É preciso haver interação entre
todos esses órgãos, é preciso haver transversalidade, é preciso haver harmonia
na iniciativa, na ação e na atribuição desses órgãos, para que cheguemos a um
bom termo, para que uma Secretaria - como a Secretaria Especial de Acessibilidade
e Inclusão Social - possa ter sucesso. Para isso, é imprescindível que haja um
Secretário, um Secretário Adjunto e um corpo de trabalhadores e servidores que
se dediquem a essa causa.
Muito mais do que gerir orçamento, ajudar o
Prefeito a gerir a gestão da Prefeitura, com o objetivo de dotar a Cidade de
mais acessibilidade, de mais inclusão àqueles que precisam de acessibilidade,
àqueles que precisam ser incluídos no transporte coletivo, no acesso à Saúde,
no acesso aos prédios públicos, deve haver fiscalização dos prédios da
iniciativa privada, como bares, restaurantes, hotéis, edifícios e todos locais
em que se necessita de acessibilidade. Isso sem falar nos equipamentos de
segurança para a acessibilidade, que devem existir perto dos sinais de trânsito,
perto das esquinas e das faixas de segurança.
Por isso, o Executivo está correto em propor
esse Projeto. Podem ter certeza de que votaremos a favor e, mais do que isso,
vamos militar pela aprovação desse Projeto nesta Casa. Muito obrigado, Ver. DJ
Cassiá.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Obrigado, Ver. Toni Proença.
Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h53min.)
*
* * * *